Na edição nº 11 do ROLÊ DE IDEIA quem participa é o Amiri. O MC dividiu o palco do Reação Hip Hop com Rincon Sapiência e essa soma de talentos resultou em um show carregado de linguagem de peso. Depois do show ele bateu um papo com a gente percorrendo assuntos como: a movimentação do rap; a importância de fomentar a cultura Hip Hop e sobre o diferencial do seu trabalho:
Samuel Porfirio: Embarque em mais
um Rolê de Ideia e hoje com Amiri. Satisfação... É a segunda vez que você está
na casa e a gente quer saber a ótica que você tem sobre um evento desse aqui, o
Reação Hip Hop, num bairro dormitório:
Amiri: É importantíssimo mano, a
gente organizar as coisas pra termos um feeling
com relação a tudo, né? A um feedback, a como a gente faz, como a gente tem
que melhorar... Porque eu creio muito
nesse negócio de nóiz por nóiz, se a gente não fizer não vai ter quem faça.
Então é importante que a gente faça o evento, pra trazer o pessoal pra trocar
ideia, fazer esse câmbio de informação,
né mano? Que consiste o Hip Hop em si também, é importante pra caramba, dahora.
Samuel Porfiro: E um evento como esse como um fomento pra nova
geração do Rap? Qual a importância do Reação Hip Hop pra cultura do Rap
brasileiro?
Amiri: É até um pouco do que eu
disse lá dentro. É está aqui, ali, incentivar aqui, apoiar ali, fazer com que o outro mano queira fazer o evento
também. Que o Brasil queira criar, tá ligado? A gente precisa muito disso,
precisa se qualificar em um monte de coisa, não que nós sejamos incapazes, nós
precisamos nos reeducar diante de um monte de coisa, né mano? Pra gente cuidar
dahora da cultura, do movimento em si. É importante pros irmãos novos que vem,
e os irmãos mais velhos continuar incentivando também, continuar ajudando e
instigando os irmãos a continuarem vivendo o movimento, viver o movimento e se algum dia, Deus abençoar,
ganhar o dinheiro de uma forma justa e honesta, porque não, né?
Samuel Porfiro: Você e o Rincon são os dois estilos no Rap
brasileiro que eu acho os mais diferentes. Por serem tão diferentes que acho
que são iguais, são dois nomes que claramente, quando me perguntam quais são os MC’s
no Brasil que eu acho diferente, eu respondo que é você, o Rincon, ao lado do Rapadura também e
Parteum. Como você vê esses encontro seu com Rincon aqui na Cohab II, Reação
Hip Hop, hoje?
Amiri: Monstro! A importância da
COHAB II eu posso até te dizer, mano, que eu comecei a fazer rap porque eu vi Xis
fazendo rap, dando um salve: “COHAB II, lado leste, Itaquera”! É dahora eu estar
aqui, vindo fazer o meu som aqui, sendo que há 10 ou 12 anos atrás quando eu
era novo eu ouvia o Xis e ouvia ele citar essa quebrada. E estar aqui, trombar
o Rincon, mano, ouvir você me citar no meio de vários MC’s
monstros que eu admiro, Rapadura, Parteum... é louco! Esse lance da diferença é
porque eu me aprofundei em dizer coisas que as pessoas já dizem, mas de um
jeito diferente. Não sei o quanto isso é
válido, mas a princípio achei válido, eu fui levando e eu sou um aprendiz, eu
estou aprendendo um monte de coisa sobre o que é fazer música. Bom, eu escuto
umas coisas bem positivas sobre essa diferença que eu tenho como MC e de tá
contribuindo...
Samuel Porfiro: Deixa aquele
salve pro pessoal do Reação Hip Hop, seu contato e consideração final!
Edição/Retextualização: Aline Leão
Captação de áudio: Victor Goes (Dollyinho)
Apoio: Pelaarteazuera
As demais fotos do show estão lá na página do Reação Hip Hop no Facebook. Acesse:
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